17 janeiro 2010

Brocados d’Alma


Mentir a nossa alma
É criar buracos no coração
É apagar a luz, a calma
E retirar de nós a emoção
É criar sentimento nefasto
É esmorecer o nosso ser
Medrando nas palavras me agasto
Assim por vezes nem posso querer
Que neste meu simples escrever
Minha alma tem brocados
Que não consigo esquecer

São pensamentos baralhados
São imponderáveis pareceres
São neurónios já cruzados
São versos não trabalhados
São encantos doutros seres

No limite da emoção
A poesia se articula
Criando devastação
Vertendo palavra ridícula

Sem prós, contras ou calma
Fechando brocados d’alma

Numa ardente alienação
Que acalma o Coração

16/01/2010
Karl d’Jo Menestrel